A cetamina é um dos anestésicos mais seguros atualmente, e estudos (ZACCARELLI-MAGALHAES, Julia et al; 2018) afirmam que, quando usada com fins terapêuticos ou anestésicos, não há comprovação de vício.
No entanto, o uso da cetamina para o tratamento de depressão resistente e outras doenças mentais deu uma nova esperança aos pacientes. Ela tem se mostrado altamente eficaz no tratamento da depressão unipolar ou bipolar, inclusive ajudando a eliminar a ideação suicida. Em alguns casos, a melhora é imediata, sendo eficaz em até 75% dos casos e muito mais eficiente que os tratamentos convencionais.
A cetamina é um bloqueador dos poros do receptor NMDA e isso explica a maioria de suas ações, de fato, em doses subanestésicas, a cetamina é um agente promissor no tratamento da dor e da depressão resistente ao tratamento.
Nessas indicações, a dosagem e o tempo de tratamento devem ser decididos juntamente com o médico responsável, pois cada caso é único e requer um olhar individual e personalizado sobre o estado atual do paciente.
A cetamina é uma droga dissociativa que faz com que a pessoa se sinta desligada da realidade. Embora uma infusão de baixa dose administrada adequadamente por um médico possa ser terapêutica para alguns pacientes com depressão, o uso indevido recreativo da cetamina é muito perigoso e apresenta muitos riscos ao usuário.
O uso “recreativo” da cetamina, é tema recorrente quando falando sobre a possibilidade de vício, e mais uma vez, afirmamos o nosso compromisso com a transparência e confiabilidade da relação médica e paciente, quando administrada em ambiente hospitalar, com acompanhamento médico, doses e indicações específicas, o uso da cetamina, mesmo que em mais de uma infusão, não desperta o vício.
Reforçamos que a indicação e aplicação da cetamina deve ser feita por um profissional qualificado e dentro de ambiente hospitalar.
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Referências:
https://doi.org/10.5935/0103-507X.20220027-pt
ZACCARELLI-MAGALHAES, Julia et al . Novas tendências do uso da cetamina nos transtornos de depressão: implicações no desenvolvimento da progênie. Cad. Pós-Grad. Distúrb. Desenvolv., São Paulo , v. 18, n. 1, p. 31-46, jun. 2018 . Disponível em . acessos em 06 dez. 2023. http://dx.doi.org/10.5935/cadernosdisturbios.v18n1p31-46