A cetamina é um anestésico geral de ação rápida que produz um estado anestésico caracterizado por capaz de levar o paciente a anestesia geral. Apesar de ser um medicamento seguro e amplamente utilizado, muitos médicos, como intensivistas e emergencistas, não estão cientes das aplicações clínicas atuais da cetamina.
A cetamina tem sido utilizada no tratamento de dores pós-operatórias e crônicas, como sedativo em procedimentos, e no tratamento de condições clínicas respiratórias e/ou neurológicas, como asma e estado epiléptico. Os usos mais recentes incluem protocolos de baixas doses de analgésicos, terapia adjuvante em bloqueios anestésicos de nervos locais, protocolo para tratamento para doenças psiquiátricas, tratamento de doença reativa das vias aéreas, e sedação em centros cirúrgicos, serviços de emergência e unidades de cuidados críticos.
Por que deve ser utilizada apenas em Ambiente Hospitalar?
A administração de cetamina requer monitoramento cuidadoso do paciente, pois pode causar efeitos colaterais, como aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, náuseas, vômitos, alucinações e pesadelos. Portanto, é crucial que a cetamina seja administrada apenas em um ambiente hospitalar, onde os médicos anestesistas podem monitorar de perto o paciente e intervir prontamente se ocorrerem complicações.
Além disso, a cetamina deve ser usada apenas sob a orientação de um médico qualificado, para garantir que seja administrada de maneira segura e eficaz. O uso inadequado da cetamina pode levar a complicações graves, incluindo dependência e overdose.
A cetamina deve ser usada através de injeção diretamente na veia, pelo médico anestesista. As doses da cetamina devem ser calculadas pelo anestesiologista, de forma individualizada, levando em consideração a idade, o peso corporal e condição física da pessoa, assim como o tipo e tempo de procedimento a ser realizado.
A forma como a cetamina age no cérebro de um paciente com depressão resistente é diferente em relação à ação dos antidepressivos convencionais. Enquanto os antidepressivos atuam no sistema nervoso, mais especificamente nas monoaminas, promovendo a normalização do fluxo de neurotransmissores, a cetamina atua diretamente em outra substância, chamada glutamato, e também auxilia no reparo e reconstrução de circuitos cerebrais, aumentando o número de sinapses. É como se ela produzisse uma ponte para que a comunicação entre eles fosse restabelecida.
Entre a chegada do paciente, aplicação e saída, geralmente passam-se cerca de 2 horas. É importante ressaltar que após a administração do medicamento a pessoa não deve dirigir, sendo recomendado ter um acompanhante que possa levá-la para casa. E por ser um anestésico de uso controlado, pode haver alguns efeitos colaterais, mas é importante ressaltar que nem todos os pacientes experimentarão esses efeitos colaterais.
Em resumo, a cetamina é uma ferramenta valiosa no tratamento de várias condições quando usada corretamente. Reforçamos que a indicação e aplicação da cetamina deve ser feita por um médico anestesista e dentro de ambiente hospitalar.
Se ainda tiver dúvidas, não deixe de nos contatar.